*Gritos de Palma* POEMA DE HELIO ZALDE E PINTURA DE JOÃO TIMANE
*Gritos de Palma* POEMA DE HELIO ZALDE E PINTURA DE JOÃO TIMANE
*Gritos de Palma*
O Zambeze nasce entre os olhos
A terra arde estéril ao baile das balas sem sonhos
Seu ventre se contorce na ganância dos homens
E mestrua mortes no discurso negro dos punhos.
E agora, Palma?
Que pecados cometemos?-- O sol de Junho morre aos bocados
Os tambores não mais gritam de alegria e com olhos abençoados
Talvez o tempo nos guarde e limpe as lágrimas da alma.
O coração dilacera-se, rios em crianças e mulheres nascem
Anunciando o evangelho do sofrimento
O que fazer para continuar? Vingaremos sua morte, mãe!
E agora, Palma?
Erguer-se-à casas pintando poesia
E Banhando de vozes e preces de paz?
E agora, Palma? Oxalá dirá...
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